Sete Pilares da Liderança
Não sei você, mas eu estou ficando louca com tantas especulações sobre o que acontecerá com o mercado econômico depois que tudo isso acabar, neste momento surgem especialistas de todos os assuntos, difícil discernir quem de fato tem propriedade para prever os próximos capítulos desta história.
Já passamos por muitas crises econômicas, mas jamais imaginamos viver o que estamos vivendo agora, de uma hora para outra tivemos que encontrar soluções para dar continuidade ao que fazíamos, seja você como empresário, autônomo, líder ou equipe, podemos não estar no mesmo barco, mas com certeza estamos na mesma tempestade.
Não importa qual o papel estamos desempenhando, todos nós teremos que responder a esta é a pergunta: Quem foi você na pandemia? Não precisamos ocupar um cargo de gestão para sermos protagonistas, pois de uma forma ou outra, estamos sempre gerenciando um projeto, pessoas, responsabilidades e entregas.
Pensando nisso, selecionei 7 pilares para suportar este caos, eles são interdependentes, ou seja, dependem um do outro para se manter em pé e acredito que são e serão fundamentais na transição e na pós-pandemia.
Leiam, repensem e compartilhem!
1 – COMUNICAÇÃO E CURADORIA
A comunicação é o primeiro fator a ser impactado numa crise, quando as coisas não estão bem, seus sintomas causam danos colaterais gravíssimos, vocês devem conhecer alguns deles: fake news, fofocas, perda da confiança e na credibilidade, confusão na realização da tarefa e até mesmo risco no desempenho pela falta de entendimento.
O que é possível construir quando a base da confiança está comprometida? Nada.
Por isso todos precisar tomar uma série de cuidados tanto no conteúdo quanto na forma, quem se comunica deve compreender que somos responsáveis pelo que falamos e pelo que o outro ouve, precisamos nos esforçar para garantir o entendimento, adaptar sempre que necessário a linguagem adequada para facilitar a compreensão.
E não tem sido fácil ouvir, estamos sendo bombardeados por todos os lados, reuniões, redes sociais, Lives, e-mails, telefonemas e WhatsApp, sem falar nas vozes internas. Tudo isso está passando na minha e na sua cabeça, então além da responsabilidade da comunicação, temos que redobrar o cuidado com a curadoria dos assuntos e fontes.
Uma dica, use o crivo dos AAA: Se não “agrega”, se não “agrada” e ainda “agride”, não diga nada!
2 – SAIA DO COMANDO/CONTROLE E ENTRA A CONFIANÇA & COLABORAÇÃO
Fomos educados e treinados no estilo “comando e controle”, as informações e decisões centralizadas num grupo pequeno e a execução para o resto da base. Mas nos últimos tempos novos modelos de trabalho vem apresentando resultados exponenciais, quem um dia imaginaria uma empresa com equipes reduzidas e sem ativos fixo? Então, assim são as empresas Airbnb, Uber, Spotify, Rappy, Waze, sabe o que elas têm em comum? Sua principal vantagem competitiva é a tecnologia e a informação. E sabe quem são os fornecedores destas informações? Nós, antes chamados de clientes, agora somos usuários. Mas todo o negócio está estruturado na base da confiança e na colaboração.
Mas paralelamente, ainda temos estruturas organizacionais com o mesmo pensamento de décadas atrás, controle, vigília, modelagem, medo camuflado de respeito. Pode até funcionar, mas não é inspirador! E uma relação pautada na desconfiança não favorece e nem mesmo estimula pessoas a pensar, criar, inovar, engajar e entregar o seu melhor.
O melhor resultado só é alcançado quando todos se engajam para o mesmo propósito e colocam todos os recursos individuais a favor do coletivo, confiam um nos outros, por que sabe que todos estão em busca do mesmo resultado.
3 – EMPATIA
Empatia é diferente de simpatia. Podemos simpatizar, nos identificar com o que está acontecendo, com as dores, medos, perdas e aflições, mas sem ação, são apenas sentimos que conectam pessoas com a mesma sintonia. Mas empatia, é perceber, compreender e agir. Simpatia é uma emoção. Empatia é emoção + ação.
Como líderes e parceiros de trabalho, precisamos perceber o contexto, as dores e necessidades individuais e buscar uma forma de atuação.
O “ouvir” é maior ferramenta de gestão de pessoas. Faça isso de forma genuína, separe um tempo de qualidade, este tempo não é marcado pelo tempo de Cronos e sim Cairós. Tem muita gente querendo falar para quase ninguém que queira ouvir. Ouça suas equipes, pares e parceiros de trabalho.
4 – EXCELÊNCIA (DISCIPLINA E ACABATIVA)
As vezes o turbilhão de informações, pressão por resultados e medo de perder status ou até mesmo o emprego, faz com que muita gente aperte o botão (Pra quê me esforçar tanto?), esta é uma atitude egoísta e é o pior caminho, mais do que nunca temos que fazer o que fazemos com excelência, cuidado, zelo e gestão do tempo, principalmente aqueles que estão em home office. Sempre terá alguém que se inspira em você, e talvez um dia, precisará de recomendações para futuras oportunidades.
5 – LEALDADE
A equação da lealdade não é tão simples, tem a lealdade aos nossos princípios cristãos, aos valores pessoais, ao propósito individual e o coletivo do qual estamos inseridos. Se ferir em um deles machuca demais, então, caso esteja vivenciado uma situação que comprometa a sua lealdade, busque ajuda, respeite seus limites.
E não esqueça, não há nada mais honroso e precioso do que ser leal durante uma crise, as pessoas criam uma relação única durante tempos difíceis, e depois que passa, é como se houvesse uma necessidade mútua de recompensa. Muitas empresas estão reduzindo salários, antecipando férias, se reorganizando, tudo como medida de evitar os desligamentos, e tem aquelas que não encontram outra saída, independente do cenário em que você se encontra, seja leal até o fim. Mas não permaneça estático, precisamos lembrar de nunca esquecer que somos agentes de transformação.
6 – CRIATIVIDADE
Muitos pensam que a criatividade é um atributo especial para os profissionais de marketing, tecnologia e comunicação, mas estão errados. Criatividade é a capacidade de tornar o complexo em simples, encontrar novas maneiras de fazer as velhas coisas, repensar a rotina, eliminar processos desnecessários, se reinventar. Depois que tudo isso acabar, será muito frustrante voltar ao que éramos e como fazíamos antes. A crise gera experiência, que gera aprendizado e que gera o novo.
7 – SER EXEMPLO
Ser exemplo é uma síntese dos 6 pilares anteriores, independentemente de onde trabalhamos e para quem trabalhamos, as nossas motivações não podem ser externas, temos que crer e agir conforme nossos valores e propósito. Neste momento você se desapontará com muitas pessoas, e pode ser que você mesmo os desaponte, mas não podemos parar, desistir e desanimar, então quando tudo perder o sentido, retome as razões do seu “porque” e “para quem” você faz o que faz.
Mas não esqueça, uma pergunta será feita a você cedo ou tarde: Quem foi você na pandemia? O que você fez de diferente? Que mudanças provocou? Que pessoas você ajudou?
Temos que pensar diariamente nestas perguntas para definir nossas ações de hoje para construir o futuro que desejamos.